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Estudo da Wiz&Watcher, de Cintia Gonçalves, mostra que jovens priorizam sustento e realização pessoal em vez de ascensão social no trabalho

Redação

20 de Outubro de 2025 às 20:30
Cintia Gonçalves - Divulgação
Cintia Gonçalves | Divulgação

Uma pesquisa da Wiz&Watcher revela que a Geração Z prioriza o trabalho como meio de sustento e realização pessoal, em vez de ascensão social, com 43% dos jovens considerando o emprego essencial para a segurança financeira.

O estudo, que entrevistou 416 jovens de diversas regiões e classes sociais, mostra que 34% já têm múltiplas atividades profissionais e 57% desejam empreender, além de uma forte preferência por aprender através de ferramentas digitais como a internet e inteligência artificial.

As referências de liderança também mudaram, com a Geração Z buscando modelos mais colaborativos e empáticos, como demonstrado pela escolha da personagem Alegria, do filme 'Divertida Mente', como símbolo de liderança, refletindo uma necessidade de revisão nas métricas de desempenho no ambiente de trabalho.

Resumo gerado por IA

A pesquisa “Should I Stay or Should I Go? Paradoxos e Referências da Gen Z sobre Liderança”, conduzida por Cíntia Gonçalves, fundadora da consultoria Wiz&Watcher e sócia da Suno United Creators, revelou um olhar pragmático da Geração Z em relação ao trabalho.

Realizado com 416 jovens entre 15 e 28 anos, de todas as regiões do país e das classes A, B e C, o estudo mostra que, para esses profissionais, o emprego não é mais visto como principal caminho para ascensão social, mas como um meio de sustento financeiro (43%) e realização pessoal (28%). Apenas 24% relacionam trabalho à mobilidade de classe.

O levantamento, em sua quinta edição, foi apresentado no Rio2C, maior evento de criatividade e inovação da América Latina. Um dos destaques é a constatação de que 34% dos entrevistados já mantêm múltiplas atividades profissionais simultaneamente e 57% desejam empreender nos próximos dez anos.

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Outro ponto de ruptura está na forma como essa geração aprende: 59% buscam primeiro a internet quando têm dúvidas relacionadas ao trabalho, 51% recorrem a vídeos e 36% à inteligência artificial. O estudo ainda mostrou que 47% acreditam receber melhores conselhos do ChatGPT do que de seus gestores. A preferência por ferramentas digitais evidencia uma mudança profunda na relação com a autoridade tradicional e reforça o caráter autodidata da geração.

Na dimensão da liderança, a pesquisa revela que os modelos atuais não se conectam plenamente com a Gen Z. Entre os líderes entrevistados, os principais desafios citados são garantir resultados sem comprometer a qualidade de vida da equipe (33%) e encontrar tempo para aprendizado contínuo (17%).

Questionados sobre como acreditam ser vistos pelas gerações anteriores, 29% apontaram o rótulo de “geração do mimimi”, mas também surgem percepções positivas, como “uma geração que domina tecnologia” (28%) e “que se adapta rápido a novos desafios” (16%).

As referências de liderança também evoluíram ao longo das edições da pesquisa: do Homem de Ferro em 2019 ao Professor Xavier em 2022, até chegar à Alegria, personagem do filme Divertida Mente, citada nesta edição como modelo de liderança coletiva e empática.

Para Cíntia Gonçalves, esse movimento mostra uma transição dos arquétipos heroicos individuais para figuras que simbolizam colaboração, equilíbrio emocional e trabalho em grupo.

“Precisamos rever as métricas que guiam o mundo do trabalho. Performance não é mais apenas resultado numérico. O algoritmo entrega resultado. O diferencial humano é o engajamento: criar, crescer, se adaptar. Essa é a chave para o futuro do trabalho”, afirma Cíntia.

Sobre Cíntia Gonçalves

Fundadora da Wiz&Watcher Consultoria, Co-owner REVO, Co-fundadora Get Ahead e Instituto Amesuamente. Atua há 23 anos desenvolvendo estratégias para negócios, marcas e comunicação. Foi sócia e CSO da agência AlmapBBDO, que na última década foi reconhecida como a mais criativa do mundo pelo festival de Cannes. Durante o período em que esteve à frente da área de estratégias da agência, atuando junto a clientes como O Boticário, Havaianas, VW e Pepsico, a empresa passou a liderar rankings no Brasil e América Latina no Effie Awards, premiação global que reconhece as estratégias mais criativas e eficazes.

Assessoria de imprensa KotschoPress